de Umberto Giordano, 1896
ANDREA CHÉNIER
Ano
2006
Local
Teatro Municipal de São Paulo
Regência
Jamil Maluf
Direção
André Heller
Cenografia
Renato Theobaldo
Figurino
Fábio Namatame
Iluminação
Fábio Retti
Remontagem
Palácio das Artes, Belo Horizonte
A ópera se desenvolve entre a tensão de um libreto verista, que pede uma cenografia com elementos reais para dar suporte à ação, e um apelo à transcendência que a música imprime ao espetáculo. Neste trabalho o cenário concretizou alguns conteúdos do libreto com imagens quase que panfletárias, mas por um caminho essencialmente plástico. No primeiro ato, o cenário sugere frágeis colunas de “cristal” e a nobreza, prestes a enfrentar a revolução francesa, é mostrada com uma roupa semi-transparente que deixa ver suas roupas íntimas.
O segundo ato, já em plena revolução francesa, mostra um céu povoado de roupas transparentes de nobres, e uma lâmina de céu azul descortina um novo horizonte. O terceiro ato é um salão de julgamento e já prenuncia os elementos que serão utilizados no quarto ato. O quarto ato é uma cela de cadeia, que na visão dos protagonistas, não é uma prisão e sim a porta de libertação.